domingo, 3 de março de 2013

[Resenha] O Clã dos Magos

Capa nacional de O Clã dos Magos
Autor: Trudi Canavan
Editora: Novo Conceito
Páginas: 434

Esse é o primeiro volume da Trilogia do Mago Negro, de Trudi Canavan. Trata-se da primeira trilogia escrita pela autora, que possui mais duas dentre suas obras. Como o próprio título já elucida, a história gira em torno de um Clã de magos que foi criado para proteger a cidade de Irmadin. Tudo parece lindo, a não ser pelo fato de que os habitantes da favela de Irmadin odeiam o Clã. A história começa com uma garota, Sonea, uma das faveladas que, junto com um grupo de amigos, nutre um ódio mortal pelos magos. Certo dia, alguns magos descem até a favela para concluir um evento chamado de “Purificação” – medida tomada pelo Rei para acabar com mendigos e ladrões – quando Sonea e seus amigos começam a tacar pedras no escudo de magia que os magos usam como proteção. Acontece que a pedra que Sonea arremessa, alimentada com tanto ódio que a garota sente, acaba ultrapassando o escudo mágico protetor. Aparentemente, a única coisa capaz de quebrar magia é também magia, fato este que leva os membros do clã a acreditar que Sonea é uma maga selvagem.

A partir disso dá-se início a uma perseguição por Sonea, que, por ser considerada uma maga, não pode perambular pela cidade com os poderes fora de controle. Essa perseguição vai tomar a primeira metade do livro, que é dividido em duas partes. Um ponto que acho importante comentar é que a autora poderia ter escrito em menos de 100 páginas o que custou cerca de 230. A escrita é bem fácil e chatinha, cheia de ações simples e desnecessárias, mas que com o tempo torna-se suportável. Eu demorei pra “pegar no embalo” da história, lia poucas páginas por dia e sem muita vontade, ainda que seja um livro de fantasia, que eu amo. As coisas melhoram na segunda parte do livro, pois até lá já deu pra você simpatizar o suficiente com alguns personagens, dentre eles magos, o que deixa a leitura mais prazerosa. Até fiquei com vontade de saber o que aconteceria nos próximos capítulos, mas ainda assim achei a história um pouco parada e repleta de clichês. Se você começar a ler esperando grandes cenas com feitiços e demonstrações épicas de magia, pare agora porque esse livro não é pra você.

Outro ponto que quero comentar é o palavreado. Eu não sei como é no original em inglês, mas a fala do pessoal da favela é permeada por vários termos que estamos acostumados a ouvir por aqui, como firmezatrampo,vacilão e cagueta. Não sei se foi escolha do tradutor ou se no texto original as palavras em inglês se equivalem a essas, mas achei bem estranho. Não posso deixar de comentar também a enorme quantidade de erros de português, nome de personagen colocado na frase errada (o que fez parecer com que o personagem estivesse em um diálogo com ele mesmo, sendo que na cena havia duas pessoas – e o cara não tinha problemas mentais) e errinhos medíocres de gênero – várias vezes o Clã foi retratado no feminino. Enfim, se você está esperando um ótimo livro de fantasia, evite O Clã dos Magos.

Resenha por Jeff Pavanin

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