sábado, 15 de novembro de 2014

Resenha: O Olho do Mundo

Série: A Roda do Tempo - Livro 1
Autor: Robert Jordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 783 + Glossário
Ano: 2013 (originalmente publicado em 1990)

Atualmente é muito comum nos depararmos com diversas histórias fantásticas quando entramos em uma livraria qualquer. Com a popularidade crescente de sagas mais atuais, como Guerra dos Tronos, e também das veteranas, como O Senhor dos Anéis, por exemplo, o gênero se tornou ainda mais difundido. Já ouvi relatos de leitores que antes dividiam sua atenção entre distopias e romances voltarem seu olhar para as histórias de fantasia após conhecerem melhor o que o gênero tem a oferecer. A saga A Roda do Tempo, publicada no Brasil pela Intrínseca, não deixa a desejar nesse quesito, apresentando ao leitor uma jornada tão grandiosa que deixaria boquiaberto até o leitor mais crítico. Já aviso que a densidade da trama pode deixar a resenha um tanto cansativa ou incompreensível, mas darei meu melhor para explicá-la sem soltar muitas revelações do enredo ou da grande mitologia da saga.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Entre orelhas e responsabilidades

Olá! Eu, Jeff, venho por meio deste post, em nome de toda a equipe, fazer alguns esclarecimentos e também um pedido. Já faz mais de um mês que estamos sem postagens no blog, e isso não é segredo pra ninguém. Nossa página no Facebook também está sem atualizações. Não vamos inventar desculpas baratas pra justificar a falta de movimento, porque a verdade é simplesmente uma: falta de dedicação. Desde já peço desculpas aos que acompanham o Entre as orelhas pela nossa falha ao deixar o blog a mercê de moscas.

sábado, 6 de abril de 2013

Resenha: As Crônicas de Spiderwick


Autores: Holly Black e Tony DiTerlizzi
Editora: Rocco

Volume 1: O Guia de Campo - 114 páginas
Volume 2: A Pedra da Visão - 111 páginas
Volume 3: O Segredo de Lucinda - 114 páginas
Volume 4: A Árvore de Ferro - 125 páginas
Volume 5: A Ira de Mulgarath - 139 páginas

Alguns amores são difíceis de se consumarem. Passam-se anos de flertes intermináveis e pensamentos incontroláveis sobre o outro. Há momentos de desespero em que nenhuma limitação pragmática é capaz de impedir que o desejo de ter, de possuir, de viver o tal amor se consume. Assim, feito um aparente impossível amor à primeira vista, é que me apaixonei pelas Crônicas de Spiderwick. Não foi um sentimento fácil de conter, mas que esteve impedido de se consumar pelas limitações, sobretudo financeiras da realidade. Então, abraçando a única alternativa que me restava, resolvi amar, mesmo que fosse aos poucos. Os cinco livros que compõem As Crônicas de Spiderwick são pequenas joias e quase possuem o preço de diamantes. Desprovido de dinheiro suficiente para comprá-los, caí em oração para que algum dia a grande força sobrenatural que dita as regras das promoções olhasse por mim e diminuísse os preços. Por sorte ou por milagre, encontrei os dois primeiros volumes em uma promoção numa livraria dona de preços insólitos. Mesmo sem perspectiva de comprar os outros volumes, comprei os dois primeiros. Eram absurdamente lindos. Eu tinha até medo de abri-los. Todos os livros da série são cheios de detalhes, cuidadosamente ilustrados, como obras primas de um grande artista. Cheguei até a cogitar a possibilidade de aqueles livros terem sido feitos artesanalmente e eram tão incríveis que não me surpreenderia se isso fosse verdade. Somente algum tempo depois de eu ter lido os dois primeiros é que uma bendita promoção trouxe os três volumes restantes até mim. Finalmente, eu tinha os cinco volumes.

domingo, 31 de março de 2013

Resenha: O Conto da Ilha Desconhecida

Autor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 64

Um homem vai até a porta do rei, bate e diz ao guarda que quer falar diretamente com ele. O castelo, cheio de portas (uma para obséquios, outra para petições e mais uma para as decisões), dificulta muito a possibilidade de que seu pedido seja atendido. Mas ele resolve prostrar-se em frente à porta, até que seu pedido seja atendido. “Que é que tu queres”, pergunta a mulher da limpeza, mandada pelos seus superiores. “Quero falar ao rei”, responde o homem. Depois de um bom tempo, o rei resolve ir atender a pessoa que tão atrevidamente resolveu o incomodar. Ordena que a mulher da limpeza abra a porta de par em par e ouve o homem lhe pedir um barco. Mas para quê um barco? Para ir atrás da ilha desconhecida! E se já não existem mais ilhas desconhecidas? Quem poderá dizer?

quinta-feira, 28 de março de 2013

Resenha: Terra Sagrada

Autor: Rose Tremain
Editora: Rocco
Páginas: 410

“O silêncio de dois minutos”. Esse é o nome do capítulo que abre Terra Sagrada, sétimo romance de Rose Tremain, e são esses dois importantes minutos que regem a grande temática do livro. Em fevereiro de 1952, a pequena família Ward se reúne, de pé e bem juntinha, na plantação de sua fazenda em Suffolk – zona rural no interior da Inglaterra – em sinal de respeito pela morte do rei Jorge VI. Abaixo de seus pais está a diminuta Mary, protagonista, com 6 anos, pés e mãos pequenos e um rosto redondo que, para sua mãe, lembra um girassol. Mais abaixo, ciscando, está a galinha d’angola de Mary, Marguerite, com quem a menina compartilha a estonteante descoberta que fez durante esses minutos de silêncio: ela não é uma menina, mas um menino.